Comércio de Porto Nacional tem queda de 50% nas vendas após interdição de ponte

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Comércios fecharam e outros tiveram que demitir funcionários. Ponte sobre o rio Tocantins foi interditada preventivamente em fevereiro e deve ficar fechada até laudo ser concluído.

O comércio de Porto Nacional está sofrendo os efeitos da interdição da ponte da cidade. A estrutura foi fechada para a maioria dos veículos há quase 80 dias e a alternativa é fazer a travessia de balsa. De acordo com os comerciantes, as vendas caíram cerca de 50%.

“A fila está sendo enorme e demora de quatro a cinco horas para fazer a travessia. Tem pessoas que dormem na fila, por volta de 2 horas da manhã, porque tem o compromisso de chegar cedo para trabalhar. As pessoas estão deixando de compra no comércio de Porto Nacional para ir ao de Paraíso”, afirmou o presidente da Associação Comercial, Wilson Neves.

Por causa disso, alguns comércios fecharam ou diminuíram o número de funcionários. Foi isso que aconteceu em um supermercado. No local as vendas caíram 45% e foi preciso precisaram demitir seis funcionários.

“As pessoas que vêm fazer suas compras em Porto Nacional vem aqui praticamente a cada 15 dias. Não vem mais diariamente como vinha acontecendo. Hoje a gente sofre com isso […] se continuar a tendência é que o número de funcionários seja reduzido. O impacto tem sido agressivo”, afirmou o encarregado de gerente de caixa Marnilson José Moreira.

O Miguel Rodrigues trabalha no ramo de alimentos. Antes de a ponte ser interditada ele vendia 100 refeições diariamente, mas agora a quantidade caiu pela metade. “Meu cliente. Uma das rotas principais do chambari é o caminhoneiro. Com a interdição da ponte diminuiu bastante o fluxo, causou um impacto muito grande”, afirmou.

 

A ponte sobre o rio Tocantins em Porto Nacional foi interditada no dia 7 de fevereiro, por precaução, depois que sérios problemas estruturais foram identificados. O Ministério Público Estadual (MPE) chegou a informar que há um alto risco de colapso no local até 2022.

Até o momento, o laudo sobre a situação da ponte ainda não saiu. Enquanto isso a população e o comércio sofrem as consequências e esperam para saber qual solução será tomada.

“O que a gente precisa também é saber do governo do estado se essa ponte está condenada ou não porque até agora, com mais de 60 dias, a ponte está interditada e o laudo nunca foi apresentado à comunidade”, afirmou Wilson Neves.

Outro lado

A Agência Tocantinense de Transportes e Obras (Ageto) informou, em nota, que está trabalhando para minimizar os impactos causados pela interdição da ponte de Porto Nacional no tráfego da rodovia.

Informou ainda que qualquer decisão só será tomada após a conclusão dos estudos, que estão sendo realizados por um laboratório técnico especializado. A previsão é de que os relatórios iniciais sejam disponibilizados no início de junho.

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