Adolescente baleada pela PM durante surto psicótico está internada em hospital

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Jovem foi atingida no abdômen após apontar faca para policiais. Caso foi registrado em Araguaína, no norte do Tocantins. Viatura da Polícia Militar do Tocantins
Divulgação/PM
A adolescente de 15 anos que foi baleada na barriga pela Polícia Militar para ser contida enquanto estava em surto psicótico está internada no Hospital Regional de Araguaína (HRA). A informação foi confirmada neste domingo (21) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES).
Ela precisou passar por cirurgia e, segundo a pasta, segue “sob os cuidados da equipe multiprofissional da unidade”. A SES não informou qual o estado de saúde dela.
A adolescente foi baleada após ter um surto psicótico na madrugada de sábado (10) em Araguaína, no norte do estado. Segundo a PM, ela teria ameaçado a equipe e pessoas que estavam no local com uma faca.
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Inicialmente os policiais foram chamados para ajudar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Em surto, a jovem apresentava comportamento agressivo e agitação, ameaçando a integridade física de terceiros e dela mesma, segundo a polícia.
A PM afirmou que houve diversas tentativas de conversar com a adolescente, mas ela ficou por muito tempo trancada dentro da casa, golpeando com uma faca a janela e o chão do cômodo onde estava.
Depois de um tempo, ela saiu correndo de dentro e, com a faca em mãos, teria ido para cima das equipes do Samu e dos militares. Nesse momento houve dois disparos de arma de fogo e a jovem foi atingida no abdômen.
Ela caiu no chão e recebeu os primeiros socorros do Samu. Depois, foi levada para o Hospital Regional de Araguaína (HRA) e precisou passar por cirurgia.
O caso aconteceu pouco mais de um mês depois que um idoso de 73 anos, também em estado de surto psicótico, foi morto a tiros por policiais militares, em Palmas. A vítima sofria de esquizofrenia e a família acredita que houve despreparo dos policiais na intervenção ao idoso.
O que diz a Polícia Militar
O g1 questionou a PM se as equipes possuem armas não letais para atendimento de pessoas que não estão em condições psíquicas normais e se haverá alguma apuração com relação à conduta dos policiais.
A assessoria respondeu que o “procedimento operacional padrão orienta o disparo com arma de fogo para indivíduos em resistência ativa e em ataque com arma branca, uma vez que em atendimentos de ocorrências, a prioridade é a segurança das vítimas em potencial e dos profissionais envolvidos”.
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Fonte: G1 Tocantins