Jovem que passou dias internada após picada de aranha achou que tinha sido ‘mordida’ por muriçoca

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Jhullyanny Lisboa enteada do cantor de forró Darlyn Morais, que morreu suspeito de também ter sido picado por aranha. Depois ela encontrou aranha na cama onde dormia. Mais de 300 casos de picadas de aranhas já foram registrados este ano no Tocantins
Ainda com dores, a estudante Jhullyanny Lisboa lembra o dia que foi picada no pé por uma aranha. Ela é enteada do cantor de forró Darlyn Morais que morreu por suspeita de também ter sido picado por uma aranha. No começo, ela pensou que tinha sido picada por um pernilongo.
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“Coçava um pouco, mas não muito. Eu achei que era um bichinho que tinha me mordido porque tem muita muriçoca, algo desse tipo. Mostrei pra algumas tias. Aí a minha tia falou assim que tem que tomar cuidado porque nessa época é muito perigoso”, contou a jovem.
O pé dela ficou bastante inchado e o que era apenas um carocinho se tornou uma ferida. No dia em que tudo aconteceu a jovem achou a aranha nos lençóis. O bicho foi morto, mas a princípio ela não desconfiou que poderia ser venenosa.
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Dias depois ela e o padrasto começaram a passar mal.
“A minha mãe tinha falado que meu padrasto estava sentindo mal. Aí quando foi na sexta-feira, do dia 3, a minha mãe levou eu e ele para o hospital da cidade vizinha, que é o Hospital Regional de Miracema. A gente foi atendido porque ele estava com muita dor, com os sintomas dele, e eu também estava com muita dor”, contou.
Jovem ficou internada após sofrer picada no pé
Reprodução/TV Anhanguera
Darlyn Morais teria sido picado no rosto, onde uma ferida apareceu e a pele começou a escurecer. Ele não resistiu e morreu no dia 6 de novembro. O laudo com as causas da morte ainda não ficou pronto. O g1 vem solicitando o resultado para a Secretaria de Segurança Pública, mas sem resposta.
No Tocantins, foram registrados 342 casos de acidentes com aranhas entre janeiro a novembro deste ano. Os dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) mostram que apenas em novembro tiveram 69 casos. O número de ocorrências já é maior que em todo ano de 2022, onde foram registrados 304 casos.
“Quando tem ciência dos acidentes ocasionados por aranha à gente orienta que a equipe municipal de saúde daquele município onde ocorreu o acidente faça a busca ativa para que encontre outros animais naquele local onde ocorreu o acidente”, disse a gerente de zoonose e animais peçonhentos, Ilza Alencar.
Aranha que teria picado a jovem foi morta
Reprodução/TV Anhanguera
No Brasil há três tipos de aranhas consideradas perigosas para a saúde. A aranha marrom e as viúvas negra e marrom. Como é muito difícil reconhecer a olho nu se estamos lidando com uma espécie venenosa, a dica é desconfiar de todas.
“A diversidade de aranhas é muito grande, mas as que causam acidentes que podem ser considerados graves são poucas, só três tipos de aranha. Mesmo assim, como a pessoa não conhece […] Ter cuidado com todo tipo de aranha porque não sabe qual vai ser perigosa”, explica o biólogo Anderson Brito.
Os casos de pessoas picadas não são raros aqui no estado. Isso porque elas gostam de ambientes quentes e úmidos. No quintal elas ficam em troncos de árvores, restos de materiais de construção, entre outros.
“Dentro de casa elas ficam em locais escondidinhos, nos cantinhos que ficam protegidas, embaixo de móveis. Elas podem ficar em locais que a pessoa coloca uma roupa pendurada, pode ficar alojada naquela roupa. Debaixo de cadeiras, de mesas, nos cantinhos elas colocam os ovos e ficam ali”, disse.
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Fonte: G1 Tocantins