Tocantins segue liderando ranking nacional com mais de 12 mil casos de dengue

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No ano passado, foram 846 casos, uma variação de 1.369%. Segundo o LIRAa 2019, Palmas está entre as 16 capitais que estão em alerta por causa do índice de infestação do mosquito.

O Tocantins segue liderando o ranking nacional dos estados com maior incidência de dengue. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (30). Entre 1º de janeiro e 13 de abril, foram registrados 12.430 casos prováveis da doença, o que representa um aumento de 1.369%. No ano passado foram verificados 846 casos. Palmas está entre as 16 capitais que estão em alerta por causa do índice de infestação do mosquito.

No Tocantins há 799 casos por 100 mil habitantes. “Numericamente, não é o estado com maior registro [de dengue[, mas quando faz a comparação por incidência, é o estado com maior incidência nacional, explicou o coordenador-geral dos Programas Nacionais de Controle e Prevenção da Malária e das Doenças Transmitidas pelo Aedes, Rodrigo Said.

Segundo Said, o maior objetivo é evitar a ocorrência de mortes pela doença. Dois óbitos foram confirmados esse ano no estado por causa da dengue.

“A gente continua discutindo todas as atividades com o estado do Tocantins, nós fizemos um retorno do Ministério da Saúde com uma equipe ampliada da Secretaria de Atenção à Saúde, nós rediscutimos as estratégias, reorganização da rede assistencial, foi um trabalho feito em conjunto”, explicou o coordenador.

O ranking da incidência da dengue é seguido por Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Acre, Espírito Santo, São Paulo e Distrito Federal.

O coordenador explicou ainda que é possível falar que há epidemia nesses estados. “Se a gente levar em consideração o aumento de casos, é possível falar que há epidemia. Nessas localidades não significa que é o estado todo, pode ser regiões dentro de cada estado”.

A quantidade de casos no Tocantins supera a média nacional. Em todo o território brasileiro, foram 451.685 casos de dengue. No ano passado, o número foi bem menor, 102.681. A variação é de 339,9%.

O primeiro Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) de 2019 foi realizado em 103 dos 139 municípios do Tocantins. Os dados mostram que o número de zika e chikungunya também deu um salto.

Nesse ano, foram 708 casos de zika. No mesmo período do ano passado, o estado teve apenas 41 casos. O aumento representa 1.626,8%. Said explicou que 20% dos casos de todo o país são concentrados no Tocantins. No Brasil, são 3.085 casos registrados esse ano e 3.001, no ano passado.

A quantidade de casos de cikungunya segue a mesma tendência de aumento. Foram 481 casos esse ano. Em contrapartida, em 2018, foram 97, um aumento de 395%. Enquanto os dados no Tocantins aumentam, no país a média de pessoas que contraíram a doença caiu. O Ministério da Saúde informou que foram notificadas 24.120 pessoas com chikungunya esse ano. No ano passado, foram 37.874 casos. Uma queda de 36%.

Segundo o Ministério da Saúde, o armazenamento de água no nível do solo, como tonel, barril, foi o principal tipo de criadouro no país, seguido dos depósitos móveis, caracterizados por vasos/frascos com água, pratos e garrafas retornáveis. Por último, depósitos encontrados em lixo, como recipientes plásticos, garrafas PET, latas, sucatas e entulhos de construção, sendo passíveis de remoção.

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