Técnica de enfermagem Karle Cristina Bassorici e do filho Lorenzo, morreram após parto na unidade. Família dela afirma que não havia especialistas para atendê-la na unidade. Karle Cristina Vieira estava grávida de 39 semanas. Ela e o bebê morreram no Hospital e Maternidade Dona Regina.
Arquivo Pessoal
O Ministério Público entrou com uma Ação Civil Pública pedindo que o Estado regularize a escala de obstetras e pediatras na sala de parto do Hospital e Maternidade Dona Regina. A medida ocorre dias depois a morte da técnica de enfermagem Karle Cristina Bassorici e do filho Lorenzo, após o parto. A família dela afirma que não havia especialistas para atendê-la na unidade.
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A morte de Karle aconteceu no dia 30 de outubro. Ela foi ao Dona Regina na noite anterior por volta das 21h30, com queixa de febre e dores lombares, segundo a família. Ela recebeu medicação e foi liberada.
No dia seguinte, a técnica de enfermagem voltou à unidade com dores com sangramento. Foi feito o parto, mas o bebê teria nascido sem vida, segundo a Secretaria Estadual de Saúde. Ela morreu horas depois e o marido pediu justiça para que a situação não aconteça com outra família.
O pedido de regularização da escala foi feito pelo MPE na terça-feira (5). O g1 solicitou posicionamento da Secretaria de Estado da Saúde (SES), mas não houve resposta até a publicação desta reportagem.
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Tanto o MPE como o Conselho Regional de Medicina fizeram vistorias no Hospital e Maternidade Dona Regina. Foram apontados problemas estruturais e grande volume de trabalho para poucos profissionais nas escalas.
“Dias após a vistoria, o problema persiste. As denúncias sobre a falta de profissionais na unidade continuam, comprometendo o atendimento dos pacientes e colocando em risco a vida de gestantes e recém-nascidos. Dada a gravidade da situação, não restou alternativa senão a judicialização imediata da demanda,” explicou o promotor Thiago Ribeiro.
O promotor pediu que o Estado regularize, em até 10 dias, a escala de obstetras e pediatras na sala de parto do Dona Regina. Foi solicitado o envio mensal da escala de trabalho para comprovar a presença regular de profissionais e a disponibilização dos materiais necessários para os procedimentos hospitalares.
Por fim, também foi solicitada a intimação pessoal do secretário de Saúde para que tome as providências exigidas, sob pena de aplicação de multa diária de R$ 50.000,00.
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Fonte: G1 Tocantins